quarta-feira, 1 de julho de 2009

Solidão em meio à multidão

Com isso ela não podia mais se contentar
Podia beijar quantas bocas quisesse
Tentou homens, tentou mulheres
O gosto nunca a agradava
Em nenhuma delas sentia o sabor da paixão
O desejo de ter sempre mais
Sentia apenas prazer momentâneo
Que te entorpece na hora
Mas depois machuca
Nunca e sempre sozinha
Ninguém pra lamber suas feridas
Por ser tão exigente agora sofre
Sem encontrar alguém que seja digno
Do seu grande coração de pedra

Do alto de seu salto, ela ri
Dos infelizes que cruzaram seu caminho
Não acredita ser sádica
(Talvez seja)
Nada é o bastante
Ninguém é suficiente
Sua mãe sempre a lembra
Todos temos defeitos
Ela sabe, mas não abre mão
Se não está certo, conserte
E rápido
Minha paciência logo termina

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