terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O tênis era amarelo II

O gosto salgado molha meus lábios
Enxugo meus olhos novamente
Contenho um soluço
A luz me queima
Cubro a cabeça
Mergulho novamente na escuridão de meus delírios
Sinto que existe alguém levando o melhor de mim
E usando
Levando cada vez mais tudo que importa para longe
Me deixando fraca
Me sinto sem alma, oca
E a falta que isso faz..

Mas não pense que irei desistir
Aprendi a tirar forças do caos
E que a solidão pode ser a melhor companhia
Ela não diz que te gosta e depois te magoa
Ela presta e quer sim ser sua pra sempre

Não reconheço os rostos que aparecem nos meus sonhos
Meus olhos pesam, mas eu não quero dormir
Não posso fechar os olhos
E permitir que meus pensamentos viagem para um certo alguém
Alguém...
Que eu pensava ter
Achava ser igual a mim
Minha metade, meu complemento
Mas que em um rápido encontro de cílios se misturou com a multidão
E o tênis amarelo...
Ele nunca mais usou.